Paixão com Compaixão - II

Escrito por: Reinhard Bonnke 
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2006 

A Carta Régia do Evangelista

A Bíblia apresenta o Evangelho como sabedoria de Deus, a única verdade salvadora. Ninguém o poderia ter inventado, assim como ninguém inventou a água. Nenhum filósofo jamais concebeu tal esperança. Pregá-lo, libera o poder salvador de Deus. Aqueles que estão mortos nas suas transgressões e pecados, ouvem o Evangelho e são levantados para uma nova vida. 
Compaixão deve ser pregada com compaixão, amor, com amor – "amor sincero," como narrado na carta dos Evangelistas, II Corintios 6. Evangelistas não foram feitos para atirar fervor artificial de dentro de suas próprias almas. De fato, eles não precisam acender o seu próprio fogo; eles acendem a sua tocha no altar de Deus: a Cruz. "..., porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado." (Romanos 5:5). Aparecendo a seus discípulos depois de Sua morte e ressurreição, Cristo lhes disse para esperarem pelo Espírito Santo. A posse do Espírito é a confirmação esperada do Evangelho. Cristianismo é o Espírito derramado para testemunhar a Cristo. 
O temperamento natural está inclinado a breves impulsos, sentimentos que facilmente pegam fogo e tão rapidamente desaparecem, como a sarça em chamas no deserto, que Moisés viu tão frequentemente. Um arbusto chamou sua atenção, pois ele não se queimava apesar das chamas brilhantes. Ele tremeu de temor quando descobriu o por quê. Deus estava no arbusto. Deus dentro; este é o segredo dos evangelistas que continuam em chamas, depois de uma vida inteira proclamando as boas novas. O fogo no arbusto que saltou no coração de Moisés, é a chama Pentecostal que desce em todos os discípulos obedientes. 
Jesus condenou conversão sem amor. Aos fanáticos em Jerusalém Ele disse: "percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e,...o tornais duas vezes mais filho do inferno do que vós."(Mateus 23:15). A história da Igreja inclui trágicos anais de paixão evangelística, sem compaixão, fanático entusiasmo religioso faltando sentimento humano e infringindo um profundo e permanente estrago nas testemunhas Cristãs. 

A Batida do Coração de Deus
A batida do coração de Deus lateja no Evangelho, para estabelecer os batimentos cardíacos, dos que estão levando o Evangelho ao mundo perdido. Se evangelismo não for uma demonstração de amor capital, então não vale nada. Deus quer que ele seja um sucesso. Evangelismo não pode ajudar a não ser trazer aos servos de Deus alguma proeminência com alguma tentação acidental; oportunidade de auto promoção, desejo por uma carreira e exibicionismo. 
No entanto, Jesus não morreu para fazer a ninguém grande, o mais inevitável que isto possa ser, exceto grande em amor. O modelo disto é o próprio Deus que "amou ao mundo de tal maneira, que deu o Seu Filho Unigênito." (João 3:16). Deus tinha somente um sacrifício para fazer. Seu Filho era tudo o que Ele tinha. Jesus disse: "Sede perfeitos como perfeito é o vosso Pai que está nos céus!" (Mateus 5:48). Que perfeição é esta para ser imitada? "Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece daqueles que o temem." (Salmos 103:13). Ser um verdadeiro filho de um Pai como esse, é o que faz um evangelista. Os filhos do Pai nunca deveriam olhar por ai, casualmente como meros espectadores. É especialidade de Deus tirar marcas do fogo. "Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há salvador." (Isaias 43:11). Estar a Seu lado enquanto Ele trabalha é uma esplendorosa recompensa para seus trabalhadores.