Potencial Humano Cheio do Poder de Deus

Escrito por: Reinhard Bonnke 
quinta-feira, 1 de junho de 2006 


O Poder Vem com a Tarefa Confiada

Nós precisamos do poder de Deus. Deus precisa de potencial humano. Normalmente são 90% do poder de Deus e 10% de potencial humano. Desde o início da história, quando Josué se colocou na divisa de toda terra a ser conquistada, Deus disse: “Eu serei contigo” (Josué 1:5). Juntamente com a tarefa são dados os meios, a habilidade, a sabedoria, e acima de tudo o invisível mas operante poder de Deus, trabalhando, secreta ou abertamente, nas almas das pessoas ou em milagres visíveis. 
Somente podemos fazer o que temos poder para fazer. Se Deus nos pede que façamos mais do que está no nosso poder, Ele supre a deficiência! Nós fazemos o que podemos e Deus faz o que não podemos. Qualquer coisa que fazemos neste planeta é limitada pelo poder que está disponível. Nos séculos passados, poder era simplesmente a força que havia nos braços das pessoas. Eles construíram as pirâmides por força, cavaram os grandes canais de Suez e Panamá e abriram estradas através e sobre as montanhas. As sete maravilhas do mundo antigo eram exemplos do poder da força. Agora temos mil maravilhas modernas, conquistadas por novas fontes de poder, não por força bruta. Nada é impossível com o tipo certo de poder. 
Jesus disse: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, ... até os confins da terra.” (Atos 1:8). A igreja tem frequentemente confiado em cultura, erudição, gênios, lógica e filosofia. Mas Paulo disse: “,...Deus escolheu as coisas loucas deste mundo ...” (I Coríntios 1:27). Se tivermos que evangelizar o mundo usando métodos cerebrais, nunca vamos conseguir. Isto tem sido tentado por séculos. Mas o real crescimento da igreja tem se dado pela simples mensagem do Evangelho tocando todas as classes de pessoas. 

Nós somos Testemunhas, não Advogados.
Tem sido estabelecido que pregadores deveriam apresentar o caso para a defesa de Jesus Cristo. Também tem sido dito frequentemente, que pregadores são “como advogados na corte”. Ministros são advogados, falando a congregações como a um júri, argumentando para ter um veredicto a favor de Jesus. Esta aproximação parece tão correta, plausível e sensata. Mas será? De jeito nenhum! Esta é nossa sabedoria humana tentando apresentar o Evangelho com sabedoria de palavras. 
Jesus não precisa ser defendido. Ele não é um prisioneiro no banco dos réus. Sua reputação não depende de nenhum júri. Já foi o tempo em que Jesus foi levado ao tribunal de Roma para ser julgado por Pilatos. Hoje Pilatos se encontra no tribunal da história e Jesus é o seu juiz. NÃO FOMOS FEITOS PARA SERMOS ADVOGADOS, MAS SIM TESTEMUNHAS! Normalmente a testemunha somente fala e descreve o que tem visto. Algumas vezes, entretanto, uma testemunha é uma peça de evidência. Talvez um homem tenha sido cruelmente atacado e ferido. Ele aparece no tribunal para se mostrar: o estrago feito e suas feridas. Suas feridas falam por si mesmas. Ele próprio é a evidência. Nós crentes não somos advogados ou procuradores da corte, pleiteando em defesa de Jesus. Somos TESTEMUNHAS. Testemunhas não argumentam, não pleiteiam e não fazem discursos. Eles simplesmente falam a verdade e declaram o que sabem. 

O Evangelho é Amor
Quando Pedro pregou, Ele disse que os 119 que estavam com ele eram todos “testemunhas” da ressurreição (Atos 2:32). Aliás, nenhum deles havia visto a real ressurreição de Cristo; no entanto, aquela ressurreição os havia transformado. Eles mesmos estavam vivos com vida de ressurreição, incentivados, determinados e cheios com o fogo de Deus. Eles próprios eram peças de evidência de que Jesus estava vivo. Se Jesus ainda estivesse morto, eles não seriam as pessoas que agora os outros viam. Eles seriam como eram antes, agachando-se e entrando sorrateiramente na segurança de um quarto trancado, por medo. Agora eles eram destemidos e as multidões das quais eles tinham tido medo, agora temiam. Eles tremem diante de Pedro... 
O Evangelho é amor, e amor não é apresentado por razão, mas sim ao se amar. Se você se apaixona e pede a uma amável garota que se case com você, você chamaria um advogado para falar com ela? Já pensou! Isto conquistaria alguma mulher? Casamento ou é amor ou não é casamento. O EVANGELHO OU É TANTO PODER QUANTO VIDA OU NÃO É EVANGELHO. Sermão não é uma homilia de três pontos. Sermão é um homem, queimando no púlpito para todo mundo ver. Um pregador é uma luminária incandescente. Um sermão pode ser muito bem preparado, como uma arma poderosa a ponto de acertar o alvo. Entretanto, ela precisa estar cheia de munição ou irá ricochetear e endurecer as mentes dos incrédulos. Os preconceitos dos incrédulos são fortalecidos com argumentos, mas o poder explosivo de um sermão cheio do Espírito Santo pode destruí-los. O Evangelho é sempre um ataque surpresa. Ele chega às pessoas de uma direção que eles nunca pensaram em defender. Eles estão preparados para argumentação, mas o Evangelho não argumenta. Eles estão preparados para sentimentos, mas o Evangelho não é sentimental. Ele vem como águas eternas fluindo sobre suas vidas. No Dia de Pentecostes, o Espírito Santo foi derramado e isto transformou totalmente aos discípulos. O potencial humano havia sido cheio com o poder de Deus e este é o segredo ainda hoje.