Tão Arrojado como um Leão II

Escrito por: Reinhard Bonnke 

Coragem e Cristianismo Caminham Juntos

Ser menos ousado é ser menos Cristão 
Milhões jogaram a cautela para o alto por causa do Evangelho. De alguma maneira, somente alguns nomes conhecidos são citados, por exemplo: Lutero, Tyndale, Wycliffe, Livingstone and Wigglesworth – mas a ousadia nos crentes é tão característica que chega a não ser valorizada. Grande coragem e Cristianismo caminham juntos. Ser menos do que corajoso é ser menos que Cristão. Quando os primeiros discípulos deixaram tudo o que tinham a fazer para seguir a Jesus, eles estabeleceram um padrão para uma infinita multidão de seguidores investirem tudo em Deus, cantando: “Tudo ó Cristo a Ti entrego!”. 
Enquanto isso, os Fariseus calculavam os seus dízimos até o último centavo, medindo até mesmo as suas ervas e temperos, endro e cominho. Sem apego ao dinheiro, Jesus deu sem reservas, chamando-nos a uma rendição do nosso “eu” e a uma paixão que excedesse o amor de pais e de família. 
Todos os que encontraram Jesus foram contagiados por Sua síndrome de “grandeza”. Zaqueu passou uma hora com Jesus e seu coração endurecido foi dividido em fragmentos de excessiva generosidade. Talvez alguns hoje o teriam advertido sobre se deixar entusiasmar, mas Jesus não fez isto. Uma mulher derramou perfume nos seus pés.(Lucas 7:38) e Ele a defendeu. Em Betânia (Mateus 26:26) uma outra mulher esvaziou um vaso de alabastro com um perfume muito caro sobre Sua cabeça. Era o que ela tinha de mais vendável, seu pé-de-meia, mas ela não pensou que isto era demais dar. Nada é realmente extravagante onde amor, ou Deus, é a preocupação. Aquela mulher não reservou nada, assim como a viúva a quem Jesus viu colocando todo o seu sustento dentro do ofertório. Talvez alguns estão secretamente confusos de que Jesus tenha elogiado esses atos excessivos, mas sua maneira de viver transborda e inunda os caminhos estreitos e baixos de uma existência centrada em si mesma. Jesus quer que o mundo seja cheio de um povo sincero, que gostam de servir e sejam generosos - quem não pensa no quanto isso lhes custará. 
O conceito de ousadia vem de Deus. Ele mesmo é assim. Sabemos que o dar não empobrece a Deus, e então perguntamo-nos: Como Ele pode ser um exemplo de sacrifício ousado ou ação em qualquer coisa? Risco não pode ser parte da Sua onisciência. O que Ele poderia fazer que seria ousado? Bom, de todas as histórias esta é a mais estranha e maravilhosa. Deus é amor e o amor O faz vulnerável, pois o amor é sempre exposto a machucar. Seu vasto amor poderia receber vasto ferimento. E isto é o que aconteceu. Deus deu tudo que Ele tinha. Ele deu Seu Filho e Seu Filho foi crucificado: “Nisto está o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (I João 4:10). 
A Bíblia não é um livro de cautela e meio termo, mas sim de confiança abandonada em Deus. O grande ideal dos sábios homens Gregos era “achar o meio-termo”, nem demais, nem de menos. Não é assim que Deus gosta das coisas: se não somos frios nem quentes, Ele está pronto para nos vomitar da Sua boca (Apocalipse 3:16). Deus não está procurando pessoas que fazem tudo com moderação, mas por aqueles que estão tão apaixonados por Ele a ponto de não haver moderação. 
Ousadia Demonstrada
Vamos ver mais detalhadamente como essa ousadia é demonstrada. 
Dedicação ousada: “Se alguém vem a mim, e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo” (Lucas 14:26). Ninguém em sã consciência poderia realmente odiar toda sua família e, na verdade, fazê-lo seria contrariar o quinto Mandamento; como também a própria palavra de Cristo de que devemos amar até mesmo os nossos próprios inimigos. Jesus está falando em termos relativos. Lealdade a Ele vai além da lealdade de alguém à sua família e até mesmo a si mesmo. 
Culto ousado: “Rogo-vos pois irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus – que é o vosso culto racional” (Romanos 12:1). O dois versos que precedem a este, (Romanos 11:35-36) fazem qualquer coisa menos o sacrifício parecer patético e sórdido: 35-36) make anything but a whole sacrifice seem pathetic and sordid: “Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente! Amém”. 
Quaisquer que sejam os interesses, passatempos ou buscas ocasionais que tenhamos, o culto a Deus não é pra ser um deles. É uma posição de se curvar, atitude e propósito na vida. Não é somente para quando estamos entediados e queremos uma mudança de ocupação, algo para experimentarmos ocasionalmente. Independente de qualquer outra coisa que acontece na vida, este culto tem que continuar. Jesus procura por ousadia em Seu povo, não pelo discípulo casual, descontraído, ou “qualquer dia qualquer hora”. 
Ousadia generosa : Já temos visto isto na história dos evangelhos, mas isto se tornou uma tradição por todo o mundo onde os apóstolos pregaram. Por exemplo, um grupo de Gentios arrecadou dinheiro para os Cristãos na Judéia: “Porque, dou-lhes testemunho de que, segundo as suas posses, e ainda acima das suas posses, deram voluntariamente, pedindo-nos, com muito encarecimento, o privilégio de participarem deste serviço a favor dos santos; e não somente fizeram como nós esperávamos, mas primeiramente a si mesmos se deram ao Senhor, e a nós pela vontade de Deus; ...Ora, assim como abundais em tudo:... vede que também nesta graça abundeis” (II Coríntios 8:3-7). Os Coríntios são notadamente conhecidos por seu carisma, ministério, dons da graça, mas aqui havia outro dom do ministério da graça que eles tinham que desenvolver – dedicação das suas posses ao trabalho do Senhor. 
Finalmente, meus pensamentos a respeito da ousadia foram até o relato do fraco rei Jeoás indo visitar o profeta Eliseu quando este estava morrendo. Pelo espírito de profecia, Eliseu falou sobre o futuro de Israel e mandou que Jeoás pegasse suas flechas e, com elas, ferisse o chão. O rei fez isso duas ou três vezes, meio em descrença. Eliseu ficou com raiva e falou com o rei que ele deveria ter golpeado o chão cinco ou seis vezes e então teria derrotado completamente o poder de Arã, inimigo de Israel. Mas aquele era o rei Jeoás e Eliseu o conhecia. A própria maneira com que ele golpeou o chão mostrou o que ele era. Ele nunca golpearia seus inimigos efetivamente. A ele faltava a grandiosidade nas ações, ousadia. 
A Bíblia tem um espaço mínimo para pessoas que pensam pequeno, que não tem nem mesmo o suficiente em si para crer em Deus e tomar um pequenino passo de fé. Eles são os mortos vivos. “O justo viverá por fé” (Romanos 1:17, Gálatas 3:11). Há uma terra de vitória em frente de todos nós, onde podemos desenvolver grandeza pessoal e nos tornarmos notáveis com Deus. Lembre, “Sem fé é impossível agradar a Deus” (Hebreus 11:6). Descrença transforma o famoso alguém em um famoso ninguém, enquanto a fé transforma um ninguém desconhecido em alguém famoso de Deus. “Sê forte e corajoso, pois o Senhor seu Deus é contigo”.